

A banda em 2007 na Singapura.
Os The Cure são uma banda de rock inglesa formada em 1976 em Crawley, Inglaterra. Robert Smith é o líder da banda e único elemento constante desde a sua formação, além de se manter responsável sozinho por sua direcção musical, sendo produtor, cantor, compositor e multi-instrumentista.
Aclamados no final dos anos 80 e princípio da década seguinte, com diversos álbuns que alcançaram grande exposição e popularidade, passaram a ser negligenciados pela imprensa na segunda metade dos anos 90. Com a chegada do novo século, a banda foi reconhecida mundialmente como uma das mais influentes do rock alternativo moderno. Várias canções dos The Cure tornaram-se sucesso nas rádios, tais como Just Like Heaven, Close To Me, ou Friday I'm in Love, com indicações e ganhos em prémios, e o grupo havia vendido até 2004 mais de 30 milhões de cópias no mundo todo,[2] com 1.1 milhão de vendas certificadas somente no Reino Unido,[3] sendo uma das bandas alternativas de maior sucesso da história.[2] Em Outubro de 2008 a revista britânica NME anuncia a atribuição do prémio 'Godlike Genius' à banda, em forma de reconhecimento pela contribuição para a música alternativa e pela sua extraordinária carreira.Formação e Three Imaginary Boys (1973 - 1979)
A primeira encarnação do que viria a tornar-se os The Cure chamava-se The Obelisk e era composto por estudantes da Notre Dame Middle School de Crawley, Sussex. O grupo fez seu debute público em abril de 1973 e contava com Robert Smith no piano, Michael Dempsey e Marc Ceccagno na guitarra, Laurence "Lol" Tolhurst na percusssão e Alan Hill no baixo.[5] Em Janeiro de 1976, após deixar os Obelisk, Marc Ceccagno forma os Malice com Robert Smith, agora também na guitarra, e Michael Dempsey, que passou a baixista, juntamente com outros dois companheiros de turma da St. Wilfrid's Catholic Comprehensive School.[6] Ceccagno abandonou pouco depois o projecto para formar uma banda de Jazz-rock fusion chamada Amulet.[7][6] Pouco tempo depois, Lol Tolhurst, dos Obelisk, e Porl Thompson, já bastante conhecido na região pelas suas aptidões,[8] entram para os Malice na bateria e guitarra solo, respectivamente.[6] Após várias tentativas para conseguirem um novo vocalista, Peter O'Toole assumiu a posição.[7] Neste período faziam releituras de David Bowie, Alex Harvey, Jimi Hendrix, entre outros e começaram também a escrever o seu próprio material.[6]
Em Janeiro de 1977, após alguns concertos pouco satisfatórios e por estarem crescentemente a serem influenciados pelo surgimento do punk rock, os Malice passaram a ser conhecidos como Easy Cure,[9] nome retirado de uma canção de Lol Tulhurst.[10] No mesmo ano, ganharam um concurso de talentos promovido pelo selo alemão Hansa Records e receberam um contrato de gravação. Apesar da banda ter gravado faixas para a editora, nenhuma foi lançada.[11] Em Setembro do mesmo ano, Peter O'Toole abandonou o grupo e Smith assumiu o papel de vocalista.[6][12] Seguindo desavenças em Março de 1978 sobre a direcção que a banda deveria tomar - tendo o grupo rapidamente percebido que ganharam o concurso não pelo seu valor, mas pela sua imagem[7], o contrato com a Hansa foi desfeito.[13] Smith mais tarde lembrou "Nós éramos muito jovens. Eles simplesmente pensaram que nos podiam transformar num grupo adolescente. Na verdade eles queriam que nós fizessemos releituras e nós sempre recusávamos".[11]
Período obscuro (1980 - 1982)
Após a gravação deste primeiro álbum, Robert inicia pouco depois a gravação do período mais "negro" dos The Cure; a trilogia, Seventeen Seconds, Faith e Pornography. Este período é considerado por uma parte consideravel de fãs como a melhor fase da banda, na qual foram produzidas canções belas e soturnas como "A Forest", "Play For Today", "Primary", "All Cats Are Grey", "Faith", "Charlotte Sometimes", "One Hundred Years", "The Figurehead" ou "A Strange Day". À ilusão do Seventeen Seconds, segue-se a letargia do desespero em Faith. Todo esse desespero e emoções contidas transformam-se em raiva, ódio e num desespero ainda mais exacerbado em Pornography, tornando este álbum um marco para a música alternativa.
Tomamos conta da Fiction e recusamos deixar entrar alguém...Não conseguia lembrar-me do que tinha feito ou onde tinha estado. Eu perdi verdadeiramente contacto com o que era realidade por um par de meses."
The Cure na cultura popular
Várias referências foram feitas aos The Cure e à sua música na cultura popular. Diversos filmes usaram títulos de canções dos Cure como títulos de filme, incluindo Boys Don't Cry (1999) e Just Like Heaven (2005). A série de TV One Tree Hill tem feito várias referências ao grupo: vários episódios têm nomes de canções como "To Wish Impossible Things", "From The Edge of the Deep Green Sea", "The Same Deep Water as You" e "Pictures of You". A música "Apart" teve um papel proeminente em um dos últimos episódios da 1ª temporada. Adicionalmente, na 3ª temporada, Peyton e Elie entram em uma discussão quanto a qual é o melhor álbum dos Cure: Disintegration ou Wish. E no final da 5ª temporada, Peyton escreveu a letra de "Lovesong" no chão da Rivercourt.
Em algumas situações, a imagem obscura dos Cure tem sido parodiada. No segundo ano de The Mighty Boosh, The Moon canta o refrão de "The Lovecats". Noutro ponto desta série, um poderoso spray para cabelo, o Goth Juice, é dito ser "O mais poderoso spray de cabelo conhecido pelo homem; feito das lágrimas de Robert Smith". The Mary Whitehouse Experience mostrava frequentemente breves clipes das estrelas do show cantando músicas cómicas e rimas de enfermaria como os The Cure em um estilo deprimente. Robert Smith apareceu no episódio final da primeira série de The Mary Whitehouse Experience, dando um soco no personagem Ray (interpretado por Robert Newman) enquanto murmurando a frase de impacto de Ray "Oh no what a personal disaster" ("Oh não, que desastre pessoal").
Robert Smith deu voz a si próprio na primeira temporada da série animada South Park[96] a pedido de um dos criadores, Trey Parker, um fã dos Cure.[97] Smith apareceu no episódio "Mecha-Streisand", aonde lutou contra a gigante metálica Barbra Streisand. Assim que se afasta triunfante pela montanha acima no fim do episódio, o personagem Kyle Broflovski grita "O Disintegration é o melhor álbum de sempre".[98]
Integrantes
[editar] Actuais
Imagem | Nome | Nascimento | Instrumento | Curiosidades |
---|---|---|---|---|
![]() | Robert Smith | 21 de Abril de 1959 | Guitarra, voz, violino, baixo, teclas | Fundador e compositor do grupo |
![]() | Simon Gallup | 1 de Junho de 1960 | Baixo | Na banda desde 1979-1982 e 1985- Presente |
![]() | Porl Thompson | 8 de Novembro de 1957 | Guitarra, Teclas e Saxofone | Na banda desde 1976-1978, 1984-1992, 2004-Presente |
![]() | Jason Cooper | 31 de janeiro de 1967 | Bateria | Na banda desde 1995, substituindo Boris Williams |
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